É fundamental deixar claro que esse artigo não visa ditar regras na vida e nos atos de quem quer que seja, mas debater a relação entre mídia, poder e política e buscar apontar caminhos para a transformação destas relações.
A diversidade de pautas do dia não pode servir de muleta para que temas como estes não sejam debatidos com a profundidade que merecem, todos temos que estar extremamente atentos com nossas responsabilidades.
É vergonhoso ler conteúdos fantasiados de matérias jornalísticas que tem como função principal não informar, mas sim desenformar a sociedade visando impulsionar a ideias absurdas.
Praticar o bom jornalismo é algo bem diferente de usar a influência que a mídia tem na sociedade para fazer fortuna e usar essa fortuna para conquistar espaço na política.
Muitos comunicadores na atualidade demonstram gostar muito mais de dinheiro do que informar o espaço da publicidade deve ser respeitado e valorizado não apenas por serem fonte de financiamento do trabalho jornalístico, mas a primeira missão do jornalismo deve ser informar e não criar uma realidade paralela.
O jogo de interesses fica claro quando vemos um em uma semana um determinado veículo de comunicação atacar de forma suja outro veículo por ir contra os interesses políticos de seus proprietários, mas uma semana depois o veículo de comunicação que atacou se une ao veículo atacado não apenas impulsionando um conteúdo como também atacando a gestão pública.
A comunicação pública também tem a sua parcela de responsabilidade e buscar ser mais plural e estar mais próxima da população, valorizando comunicadores inovadores e não apenas abraçar os mesmos que estão nos grandes centros urbanos.
Comunicação é uma missão social e não deve ser utilizada como moeda de troca em negociações sujas.