O petista Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras após viver uma guerra com os ministros de minas e energia Alexandre da Silveira e o ministro da casa civil petista Rui Costa.
A queda de Prates do comando da maior estatal do Brasil é uma demonstração clara da força da política real e que não basta ter bons resultados em termos financeiros para sobreviver em uma das cadeiras mais cobiçadas do país.
Prates, mesmo sendo um ex-senador petista, contado com apoio da governadora potiguar Fátima Bezerra e do sindicato dos petroleiros e tendo apresentado o segundo maior lucro da história e com preço dos combustíveis em queda, Prates deixa o comando da estatal após sofrer gigantesca pressão por resultados imediatos e acelerar os projetos da empresa.
Lula sabe do gigantesco peso político, social e econômico da Petrobras e por isso acabou fazendo a mudança que coloca a estatal, mais alinhada às políticas do ministério de minas e energia comando pelo mineiro Alexandre Silveira que ao lado do baiano Rui Costa ministro da casa civil patrocinam o nome de Magda Chambriard que será indicada pelo governo e deve ser aprovada pelo conselho.
A futura comandante da estatal foi presidente da agência nacional de petróleo e gás e terá que manter a visão desenvolvimentista da empresa sem criar atritos com o poderoso mercado financeiro.
Em um breve comunicado que fez aos colegas, Prates deixou o cargo atirando contra os ministros Rui Costa e Alexandre Silveira.
Queridos amigos.
O presidente pediu meu cargo de volta agora há pouco. Deve nomear Magda. Amanhã conversaremos melhor. Danilo ficou tratando dos trâmites imediatos.
Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Vão anunciar daqui a pouco.
Só me resta agradecer a vcs e torcer que consigam ficar ou se reposicionar. Contém comigo no que eu puder fazer.
JPP.
Os ministros citados por Partes não devem se manifestar.