As declarações do treinador português Abel Ferreira após o empate sem gols contra o Boca Juniors fora de casa no primeiro jogo das semifinais da copa libertadores, maior torneio do mercosul, deixam claro que a paciência do maior técnico da história do alviverde e um dos grandes ídolos da apaixonada e exigente torcida do verdão.
“Se o Dudu estiver pronto, pode ser que ele jogue. Você pode me ajudar? Me ajude. Vamos lá. E quem joga pela esquerda? É, eu também tenho muitas dúvidas. Mas minha função é escolher e acreditar no elenco que eu tenho. Eu só dou o meu melhor no Palmeiras e dar as opções com os lesionados. Os moleques que jogara, isso tem que ser valorizado. E nos próximos jogos precisamos ter jogadores pesados e com experiência”,
“Vejam a média de idade dos outros semifinalistas. Tudo que eu faço é usar os melhores par jogar. Entendo, poderia ter jogado o Kevin, mas o Rony não é ponta. O Breno também poderia jogar. Mas eu acredito nesses jogadores. Eu queria ter mais opções, mas os garotos nos ajudam a crescer. Se precisarmos de referência, vamos voltar a fazer o que já fizemos. Seremos competitivos. Vamos usar nosso público para chegar à final”
É, acho que é mais fácil como o seu colega… pegar o microfone e fazer perguntas do que jogar aqui dentro. Jogos difíceis e truncados. Queríamos muito vir aqui e ganhar, mas não deu. Empatamos. Não é o resultado que queríamos. Mas agora temos a vantagem. A vantagem de decidir em casa. Fazer um bom resultado”
Não apenas as palavras mais a postura do treinador à beira do gramado deixam evidentes a sua enorme insatisfação com a falta de jogadores mais experientes no banco reservas que possam transformar o jogo na etapa final.
Vale lembrar que uma das principais características do treinador português é preferir trabalhar com um grupo de menos jogadores, algo que custa muito caro no futebol canarinho que possui um calendário extremamente longo e desgastante.
Dar oportunidade para jovens talentos formados no clube é algo importante que deve ser valorizado e que deveria ser feito por outros clubes do futebol canarinho, mas ter no jogo mais importante da temporada fora de casa jogando em um estádio tradicional o maior torneio do continente e ter apenas talentosos jogadores sem a menor experiência é uma demonstração clara da falta de planejamento da diretoria do verdão que não foi imponente como diz o seu hino.
O Palmeiras, que perdeu no meio da temporada seu melhor jogador e ídolo da torcida Dudu, que volta a campo apenas na próxima temporada, vive uma crise técnica, sendo uma equipe muito segura em termos defensivos graças a competência da muralha formada por Murilo e Gustavo Gomez, mas que em termos ofensivos sofre muito com o fraco desempenho de Veiga e Rony que nesta temporada não são nem sombra do que já foram com a tradicional camisa do verdão.
Diante das dificuldades ofensivas do verdão contra o Boca, que não é nem sombra do que já e depende muito da mística da sua caixa de bombons e da força de sua apaixonada torcida que não parou de cantar, ficou claro que a molecada do verdão continua verde para encarar o gigantesco desafio de um jogo que vale vaga na final da copa libertadores.
Enquanto Leila Pereira comanda um dos maiores times do futebol canarinho como se fosse um banco, Abel vai seguir defendendo seus comandados, pois precisa manter a confiança de todos eles, mas vai seguir fazendo críticas afiadas a sua patroa.
Abel tem apenas uma semana para quem sabe amenizar os seus problemas.