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MINISTRO RUI COSTA DEFENDE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA AMAZÔNIA

O ministro da Casa Civil Rui Costa defende que a Petrobras explore o novo campo de petróleo descoberto na região amazônica no estado Amapá, na região Norte do Brasil.

Na opinião do ministro, o fato do governo Lula defender a transição energética não é conflitante com o fato da Petrobras explorar o petróleo descoberto na bacia amazônica.

O que vamos fazer é construir uma matriz energética toda sustentável, renovável. Mas é evidente que você precisa financiar esse processo de transição”

Não há contradição” porque “o nome já diz: transição ecológica, transição energética. Ou seja, você vai sair do ponto A para o ponto B”. Rui Costa afirmou que para financiar uma nova economia, sustentável e renovável, é preciso ainda se utilizar dos recursos provenientes, por exemplo, da exploração do petróleo: “para financiar essa transição você precisa de dinheiro, precisa de recursos. Só para ter uma ideia: para você tirar a emissão de carbono, tirar poluentes das nossas cidades, se você quer tirar ônibus a diesel e colocar ônibus, por exemplo, elétricos, o ônibus elétrico custa o dobro do ônibus a diesel. Então se você quer fazer um metrô que vai fazer transporte de massa, um VLT para dar qualidade ao transporte e retirar a emissão de queima de gasolina, de diesel nas cidades, você tem que financiar essas obras. E portanto você precisa de recurso. Então não há contradição nenhuma. Você sinaliza onde você quer chegar, o que você vai construir e você precisa de recursos para construir essa caminhada”

O que nós vamos fazer é construir uma matriz energética toda sustentável, renovável, uma base produtiva e industrial em novas tecnologias, com redução da emissão de carbono, mas é evidente que você precisa financiar esse processo de transição, precisa financiar, por exemplo, a instalação de centenas ou milhares de escolas técnicas em tempo de integral, construção de creches, investimentos em tecnologia. Então isso você faz isso com uma transição. Ou seja, sair de onde nós estamos para uma economia sustentável, mas para isso você precisa de recursos e de finanças para fazer, e por isso não vejo qualquer contradição”

O tema gera uma enorme polêmica nos bastidores do poder, com o ministro de minas e energia Alexandre da Silveira e a ministra do meio ambiente em lados opostos.

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