Para quem acompanha política brasileira desde o fim da ditadura militar é extremamente complicado entender com uma legenda que governa o maior estado do Brasil a quase 3 décadas possui lideranças fortes nos quatro cantos do Brasil e elegeu Fernando Henrique Cardoso por duas vezes presidente da república se tornou tão pequeno nos últimos anos.
O PSDB sempre demostrou ter uma visão muito paulista do Brasil fazendo os diretórios de outros estados sempre dobrassem os joelhos diante das decisões dos caciques paulistas esquecendo de dialogar com outras fatias do eleitorado.
Apenas em 2014 quando o mineiro Aécio Neves disputou a presidência o partido teve um candidato que verdadeiramente ampliou o discurso e encontrou apoio de colegas de outras regiões.
A associação imediata dos tucanos ao desgoverno golpista de Michel Temer apoiando amplamente pautas de destruição de direitos históricos como a reforma trabalhista e o apoio a quadrilha da lava jato apenas para tentar destruir o Partido dos Trabalhadores ajudam a explicar a derrocada da legenda que no segundo turmo das eleições de 2018 cruzou os braços diante do crescimento do bolsonarismo no Brasil e de maneira covarde não declarou apoio ao então candidato petista Fernando Haddad ajudam a explicar a derrocada de um dos partidos responsáveis pela redemocratização do Brasil.
Os tucanos que fazem parte da base do desgoverno bolsonarista travaram uma guerra interna e acreditaram ser possível soterrar o bolsonarismo a qualquer momento.
O fato é que o bolsonarismo mostra que ainda possui poder no Brasil e engoliu os tucanos liberais que não conseguem apresentar uma candidatura minimamente competitiva, pois são umbilicalmente associados ao bolsonarismo.
A derrota sofrida por Doria é uma demostração clara da perda de força do surrado discurso lavajatista e tentativa de correção de rumo dos tucanos.
A política engoliu o discurso falso da gestão que se dizia eficiente.