O tabuleiro do poder está fervendo na boa terra com os partidos fechando as articulações e definindo seus palanques buscando mostrar força antes da campanha eleitoral começar de forma oficial.
O TABULEIRO CARLISTA
Para muitos o rompimento dos progressistas e da família Leão além da chegada do ex-socialista deputado federal Marcelo Nilo significa que o candidato carlista está muito próximo de uma histórica vitória contra um PT que não consegue fisgar uma figura relevante do bloco governista.
É fato que não se deve desprezar a força de uma figura política como o ex-presidente do legislativo estadual Marcelo que por uma década comandou o legislativo em meio ao rompimento de Gedel Vieira Lima e Jaques Wagner, mas não devemos esquecer que o mesmo Nilo que hoje busca atirar pedras em velhos aliados e hoje é recebido com tapete vermelho pelo grupo carlista que conquistou o tão sonhado protagonismo quando esteve ao lado do PT não apenas comandando cargos nos governos Wagner e no governo Rui Costa.
Diferente de outras peças do tabuleiro carlista como o pedetista Félix Mendonça e o Leão ferido progressista, Nilo pode ser descartado, é uma peça que pode ser descartada por ACM de uma forma muito mais fácil, pois enquanto outros aliados comandam suas legendas possuem tempo de TV e possuem um peso simbólico muito maior Nilo que sempre escolheu fazer política de forma personalista batendo no peito e bradando para todos que é um dos poucos políticos que possui votos nos quatro cantos do estado nunca conseguiu ter um partido para chamar de seu, e fazer desta legenda a pedra fundamental para alavancar seu grande sonho de ser senador diferente que Otto Alencar que foi um dos principais estrategistas para o surgimento do PSD ao lado de Gilberto Kassab ainda durante o segundo mandato do então governador petista Jaques Wagner.
Nilo sempre apostou no seu estilo interiorano de articular nunca demonstrou ter muita paciência para ficar enfurnado na capital federal fazendo costuras políticas e mesmo sendo o único dos novos aliados do carlismo que não tem um partido para chamar de seu ainda sonha com a sombra e água fresca de um longo mandato de oito anos no senado federal.
Por terem controle total de suas legendas é muito mais fácil acomodar figuras como o trabalhista Félix Mendonça, o tucano João Gualberto e o progressistas, João Leão, pois se esses líderes forem bem acomodados na estratégia eleitoral carlista, os novos aliados trazidos por eles poderão marchar contentes com ACM por todo estados.
João Gualberto, Félix e Leão tem seja em maior ou menor quantidade outras importantes peças a oferecer para ACM Neto como deputados federais, estaduais, lideranças regionais, prefeitos e vereadores fatos importantes no momento decisivo de uma costura política.
Enquanto isso o Marcelo Nilo tem a oferecer além do discurso de um rival do PT revoltado por não se sentir valorizado o grande sonho do parlamentar é ser senador da república, mas o que pode alcançar no máximo é cadeira de vice-governador que não tem tinta na caneta.