É evidente que os acordos políticos fazem parte da vida e muitas vezes é preciso perder algo para em um futuro breve conquistar algo maior sempre mantendo dialogo franco e direto com todos.
Os socialistas do PSB fecham acordo com PT para oficializar finalmente a federação ao lado de outras legendas os socialistas claramente fizeram um verdadeiro cabo de guerra buscando manter sob seu controle a poderosa família Campos a prefeitura da capital Recife e o governo de Pernambuco.
Os socialistas ainda tentam fisgar o apoio do (PT) para a seu pré-candidato Márcio França que já governou São Paulo por alguns meses e reconhecidamente não tem a mesma força do socialista Guilherme Boulos e do ex-prefeito petista Fernando Haddad, mas mesmo assim o PSB busca esticar a corda e garantir França como candidato.
O PT sempre buscou se esquivar de qualquer conflito com os socialistas deixando claro a forte aliança histórica e proximidade programática que existe entre às duas legenda e que a aliança será mantida independente da formalização desta federação malandramente visando garantir o palanque para o Haddad o PT sempre deixou cristalino que seriam as pesquisas eleitorais contratas pelos partidos que iram definir quem será o candidato de Lula no maior colégio eleitoral do Brasil.
Os petistas sabem que as pesquisas vão beneficiar o ex-prefeito Haddad por isso querem que as pesquisas definam os candidatos.
O mesmo, PT que segue brigando pela candidatura de Haddad em SP não tem a mesma coragem para fazer valer o mesmo argumento quando o assunto são as eleições pernambucanas.
JOGO DO PODER EM PERNAMBUCO
O argumento de quem está no poder tem a prioridade na definição do nome do sucessor é o que faz esse partido comandando os rumos de Pernambuco a mais de uma década tenha um candidato verdadeiramente competitivo ou não, é o que acontece desta vez com o socialista Danilo Cabral que teve seu nome retirado de uma gaveta pelo atual governador Paulo Câmara que não vai ser candidato ao senado.
É fato que Cabral escolhido pelo governador teve seu nome abençoado pela poderosa Renata Campos grande líder que da verdadeiramente as cartas na família Campos de forma extremamente discreta, mas eficiente
Uma pesquisa que aponta o pré-candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva com 62% das intenções de voto em sua terra natal divulgada no fim do mês de janeiro deixa claro que o partido dos Trabalhadores será uma vítima de seus próprios argumentos.
O levantamento mostra ainda que o PSB tem muito a ganhar com o apoio de Lula o seu candidato ao governo. 47% dos entrevistados disseram que não votariam em alguém apoiado pelo atual governador, Paulo Câmara (PSB). Por outro lado, 35% disseram que ‘votariam com certeza’ em um nome apoiado por Lula.
Na disputa pelo governo do estado, o senador Humberto Costa tem a dianteira com 37% das intenções de voto. Na sequência estão Raquel Lyra (PSDB) com 17%, Clarissa Tércio (PSC) com 6%, Miguel Coelho (DEM) com 3% e Jones Manoel (PCB) e Danilo Cabral (PSB) com 1% cada.
Na corrida pela vaga no senado, a atual deputada federal Marília Arraes (PT) lidera com 26% das intenções de voto, seguida por Anderson Ferreira (PL) com 9%, Eduardo da Fonte (PP) com 6%, André de Paula (PSD) com 5% e Silvio Costa Filho (Republicanos) com 3% e Gilson Machado com 3%. Nenhum/branco/nulo são 25%, e não sabe/não respondeu, 23%.
A pesquisa foi realizada entre 22 e 24 de janeiro e ouviu 800 pessoas presencialmente. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PE-00374/2022.
Mais uma vez o Partido dos Trabalhadores vai jogar fora a grande oportunidade de liderar uma transformação social em um dos estados mais importantes da maior região do Brasil e abraçar o velho pragmatismo de dar prioridade as velhas alianças dando as costas ao forte sentimento de renovação tão defendido por sua apaixonada e aguerrida militância que luta para mostrar a força dos líderes locais do partido o senador Humberto Costa que defendeu sempre a aliança com os socialistas, mas ao ver as enormes dificuldades do partido governista em ter um nome verdadeiramente competitivo colocou seu bloco na rua, mas já retirou e deve mais uma vez fazer o velho discurso da continuidade.
É preciso aguardar para ver qual será a postura adotada por Marília Arraes deputada federal mais votada do estado que faz forte oposição ao governo socialista e deve correr por todo o interior do estado em uma campanha independente a uma cadeira no legislativo.
Marília Arraes protagonizou uma campanha extremamente dura contra o socialista João Campos em 2020 na disputa pela prefeitura da capital Recife e caso a federação entre petistas e socialista seja confirmada e a deputada siga terá que apoiar a reeleição do prefeito socialista João Campos.
Mais uma vez a mão da poderosa Renata Campos atua de forma decisiva no tabuleiro do poder para definir os rumos de Pernambuco.
