Nem a poderosa Netflix seria capaz de escrever um roteiro para essa serie tão empolgante que assistimos diante dos nossos olhos nesta terra chamada Brasil onde com toda certeza os blogueiros e jornalistas brasileiros de tédio não vão morrer tão cedo.
Está claro depois pra lá de inflamado o pronunciamento realizado no fim da tarde desta última sexta-feira, que não apenas o líder do bolsonarismo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro como toda sua tropa bolsonarista aposta todas as suas fichas em uma verdadeira guerra contra o lavajatismo.
Muitos ainda assustados pelos quentes acontecimentos do dia de ontem foram unanimes ao estufar o peito e garantir em diversas publicações que o grande líder da extrema-direita brasileira Jair Bolsonaro agora era um presidente zumbi e que todo seu desgoverno tinha se tornado apenas pó, mas os porões da história dos bastidores do poder podem nos mostrar que essa guerra fria ainda vai muito longe e está longe de ter um vitorioso.
Vamos imaginar que o Brasil seja uma série de TV e lembrar com detalhes o que aconteceu na última temporada protagonizada pelo golpista Michel Temer.
É importante lembrar que mesmo carregando o titulo de golpista sendo uma criatura mal visto por todo o planeta, o golpista Michel Temer, conseguiu as custas de um enorme malabarismo político atuando firme nos bastidores do poder se tornar o único presidente da história brasileira a escapar de um processo de cassação do mandato assim como um participante de reality show escapa do paredão.
É de fundamental importância lembrar, que em um país como o Brasil, a questão é, se o processo de cassação de um mandato de um presidente da república é apenas um mero detalhe, assim como o nível de sua popularidade para aqueles que verdadeiramente possuem o poder.
Bolsonaro que tem como sua grande inimiga a poderosa arma de guerra, que são uma parte considerável do velho PIG-Partido da Imprensa Golpista composta por globo e os grandes jornais paulistas que são bancados pelos bancos, e tem o profundo desejo de ver Mourão e sua turma tomarem o poder de uma vez por todos para seguir implantando projeto entreguista de arrocho total e liberalismo selvagem com muito mais classe do que o bolsonarismo.
Esse bloco vai a partir deste terreno político dar cada vez mais corda para que o delator e galã do horário nobre, homem de preto, faça cada vez mais delações premiadas sobre o que acontecia na caverna palaciana nos tempos em que ele, o grande defensor da moral, família e bons costumes, atuava bravamente para supostamente defendem o amado Brasil da corrupção.
O bolsonarismo terá a seu favor e pra lá de poderosa maquina governamental que mesmo estando canibalizante por conta da crise financeira, ainda é bastante atraente para parlamentares de partidos nanicos da sopa de letrinhas democrática que estão sedentos pelas gordas e famosas emendas parlamentares e por isso a maquina pública ainda pode rugir muito alto e ser um fator decisivo neste pra lá de complexo jogo de poder.
Além disso o poderoso bolsonarismo atua de forma extremamente pesada na derrubada de um rival muito importante que é o democrata carioca Rodrigo Maia que terá a grande responsabilidade de aceitar ou não o processo de cassação do presidente, e por isso o governo já atua como grande arquiteto e não apenas padrinho da candidatura do progressista alagoano Arthur Lira a presidência da câmara dos deputados nas eleições interna da casa que acontece naquele que apenas parece distante mês de fevereiro do ano que vem depois da folia do carnaval.
Outra frente que o governo bolsonarista vai atuar de forma pesada é na mudança radical da tão criticada política econômica jogando de uma vez por todas o arrocho ardorosamente defendido pelo parasita Paulo Guedes, por uma cópia descarada da política desenvolvimentista implementada como enorme sucesso na mais de uma década em que o PT ficou no poder.
Caso esse projeto tenha sucesso agora pelas mãos do ministro da casa Civil Braga Neto que o pai do pró Brasil o governo terá muitas inaugurações por todo o Brasil para alavancar uma candidatura que seja minimamente competitiva em 2022.
O presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro sabe muito bem do poder do seu vitimismo.
Vamos aguardar o final desta empolgante série da vida real.
