Para fortalecer o combate a todo tipo de violência contra a mulher e o feminicídio, a Biblioteca Juracy Magalhães Jr (BJMjr), localizada no Rio Vermelho, em Salvador, promoveu um dia com diversas atividades educativas, nesta sexta-feira (13). Na programação, rodas de conversa, mesas e oficinas com temas abordando a saúde psicológica da mulher e a Lei Maria da Penha, explicando a legislação e os diversos tipos de violência doméstica.
“Nosso objetivo é aproveitar o espaço da biblioteca para levar mais conhecimento de forma gratuita para a população. O número de feminicídios tem crescido e sentimos a necessidade de falar mais sobre isso, para que as mulheres saibam como se proteger e saibam sobre as políticas públicas que existem para essa proteção. Informação é uma ferramenta poderosa no combate a esse mal terrível”, explica a dinamizadora cultural da biblioteca Juracy Magalhães Jr, Maria Cleonice.
Pela manhã, a mesa de abertura contou com a presença do diretor da Fundação Pedro Calmon (FPC), Zulu Araújo e Heleneci Nascimento, delegada titular da Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) de Brotas. Entre os temas discutidos o feminicídio em grupos étnicos e raciais.
A comerciante Nilzete de Jesus achou a escolha do tema propícia. “Em uma cidade como Salvador, com maior parte da população negra, é de extrema importância que se fale sobre a realidade das mulheres negras e em comunidades periféricas, que muitas vezes estão fora do debate”.
Pela tarde, a psicóloga Queli Santos abordou a necessidade de acompanhamento para mulheres vítimas de violência doméstica. “A mulher primeiro precisa perceber que um xingamento, difamação e controle sobre ela é uma violência. Normalmente quando a mulher se dá conta que está em um relacionamento abusivo ela já passou da violência psicológica para a física. É importante que todas que sofrem qualquer tipo de violência busquem a rede de serviços para que tenham acesso a um assistente social, a um psicólogo, aos nossos dispositivos já que as marcas muitas vezes não são físicas, elas precisam de um acompanhamento.”
Biblioteca
Fundada em 1968, a BJMjr oferece ao público diversas atividades culturais como contação de histórias, oficinas literárias, lançamento de livros, palestras entre outras atividades. A unidade conta com um acervo estimado em mais de 25 mil exemplares possui seis setores: Infantil, Pesquisa, Circulante, Periódicos, CDC – que oferece acesso gratuito à internet – e o Espaço Caramuru, onde os usuários encontram uma das mais importantes fontes para pesquisa sobre a história do Rio Vermelho. O horário de funcionamento é de segunda a sexta das 8h às 17h e aos sábado das 8h30 às 12h.
Repórter: Tácio Santos
Fotos: Fernando Vivas/ GOVBA