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Festa de Santa Bárbara reuniu milhares de devotos no Pelourinho

Hoje (04/12), todos os caminhos levaram às ladeiras e largos do Pelourinho, em Salvador, quando milhares de baianos e turistas se encontraram para celebrar um dos eventos mais populares do estado, a Festa de Santa Bárbara, Patrimônio imaterial da Bahia. A programação é realizada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e o Centro de Culturas Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (CCPI/SecultBA).

Na concentração para o cortejo, no Largo do Pelourinho, foi celebrada a Missa Campal, antes dos fiéis continuarem sua caminhada em direção ao 1º Grupamento de Bombeiros Militar, na Barroquinha. Os clarins de Mestre Grimaldo, na sacada do CCPI, saudaram Santa Bárbara durante a cerimônia religiosa.

Para o diretor do CCPI, André Reis, a participação na festa é imprescindível, sobretudo, porque a SecultBA atua fomentando a cultura na Capital e no estado. “O Centro de Culturas Populares e Identitárias tem como responsabilidade o apoio e o incentivo às festividades que retratem a identidade do povo baiano, por isso participa mais uma vez do apoio na realização deste grande ato de fé e religiosidade”.

No turno da tarde, como também é tradição, a programação é seguida por apresentações musicais, que vão até a noite. No Largo do Pelourinho, vão saudar Santa Bárbara o cantor Jorginho Comancheiro, as bandas Tambores e Cores e Samba de Oyá, e para encerrar a programação, Gal do Beco, às 20h. O Largo Pedro Archanjo recebe o grupo Pagode da Urna, Adonay e Grupo Samba Paraguaçu, e o samba do Burungudum. Os blocos Samba Fogueirão e Samba Jaké comandam a festa no Largo Tereza Batista, a partir das 16h, com participações de Alan Dudu e Neivaldo do Tchaco. Já o Largo Quincas Berro d’Água recebe o Samba de Nego e também o ensaio do Bloco Afro Ókánbi, às 17h30. Todos os eventos têm entrada gratuita.

Santa Bárbara – A Santa é reconhecida por proteger seus devotos durante as grandes tempestades. No Candomblé é sincretizada com Iansã. O dia 04 de dezembro é a data simbólica para que os devotos se reúnam e rendam homenagens. Antes, a imagem de Santa Bárbara ficava no Morgado de Santa Bárbara, no pé da Ladeira da Montanha. Depois do incêndio, ela foi transferida para a Igreja do Corpo Santo. Hoje, ela está na Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho, e de lá que saem os cortejos. Na tradição católica, um trovão soou e um relâmpago caiu na hora da sua morte. Padroeira dos bombeiros e dos mercados, que costumam distribuir carurus nesta data, a celebração a Santa Bárbara é feita há mais de 300 anos, sendo uma manifestação predominantemente popular. Para as religiões afro-brasileiras, Iansã é um dos mais conhecidos orixás. Também chamada de Oyá, é a deusa do Rio Níger, um dos maiores da África. Iansã costuma ser saudada pelos trovões.

O Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) – Responsável pela execução, proteção e promoção das políticas públicas de valorização e fortalecimento das manifestações populares e de identidade, orientadas de acordo com o pensamento contemporâneo da Unesco e do Ministério da Cultura. Seu campo de atuação contempla a cultura do sertão, de matrizes africanas, ciganas e indígenas, LGBTQ+, infância e idosos. Coordena o projeto Pelô da Bahia, responsável pela programação artística dos largos do Pelourinho e suas grandes festas populares.

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