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BRASIL 247

COM A PALAVRA A DEPUTADA FEDERAL COMUNISTA 

A Câmara dos Deputados tem o dever de afastar Temer

A segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR)
contra Michel Temer é consistente e estarrecedora. Comprova com dados
financeiros que a corrupção é o principal alicerce deste governo desmoralizado.
Os fatos cometidos no exercício do mandato presidencial usurpado são graves,
mancham a história nacional e precisam ser julgados no STF.
                                                                              
Após a leitura da peça em Plenário nesta semana, a Câmara
dos Deputados tem o dever de cumprir seu papel e votar a favor do andamento do
processo contra o presidente ilegítimo, no Supremo Tribunal Federal (STF), onde
é acusado por obstrução de justiça e organização criminosa. Se não afastarmos
imediatamente o golpista, o Brasil mergulhará cada vez mais em uma crise
política profunda com mais perda de direitos sociais, trabalhistas e de
patrimônio nacional em meio à enxurrada das privatizações, que agora inclui
abertamente a Petrobras no pacote.
Fica claro que a quadrilha de Temer premeditou o golpe
contra a presidenta honesta Dilma Rousseff para garantir uma maior arrecadação
de propina para sua organização criminosa por meio da nomeação de integrantes
do grupo para cargos importantes do primeiro escalão do governo federal. Foram
pelo menos R$ 587 milhões obtidos ilegalmente. O ilícito é o fato de se usar os
postos ocupados para essa finalidade. Com o impeachment, em 2016, o novo
presidente passou a ser a figura central do esquema de desvio de dinheiro
público.
A denúncia choca ao indicar que a quadrilha de Temer atuou
junto a Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração
Nacional, Ministério da Agricultura, Secretaria da Aviação Civil e Câmara dos
Deputados. O caso ganha ainda mais força com a prisão de parte do staff
presidencial. Em depoimento à Polícia Federal (PF), o empresário Joesley Batista
confessou que já fez pagamentos de propina após pedido direto do presidente
Michel Temer.
Os ex-ministros – Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo
Alves-, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha, e o chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira
Franco, foram e são peças-chave nas ilicitudes.
É um escárnio com a sociedade manter essa turma corrupta no
poder. Líderes governistas já começam a substituir parlamentares na Comissão de
Constituição e Justiça para formar maioria ocasional e tentar engavetar o
processo.
Com a proximidade das eleições de 2018, os parlamentares
ficam mais vulneráveis à pressão popular. A votação será aberta e com chamada
individual de cada deputado em Plenário. Será a oportunidade de o eleitor
exigir, em cada município e região, que se vote em favor do afastamento de
Temer. Temos de impedir que, mais uma vez, ele jogue pesado na compra de votos
para “convencer” deputados por meio de liberação de recursos extra-orçamentários
e cargos.
O golpista não tem compromisso com a popularidade, porque
não foi eleito. É fundamental aprovar a Proposta de Emenda à Constituição das
Diretas para antecipar as eleições presidenciais e devolver ao povo a autonomia
para escolher o futuro do país. O Brasil não aguenta mais os prejuízos causados
por esse impostor. O PCdoB está unido e perfilado pela saída do entreguista.

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