NOS BASTIDORES A PODRIDÃO DO CARNAVAL.

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COLUNISTA ANGELA POPLADE

Não estou usando este meio de comunicação para fazer
criticas ao governo no qual eu não tenho nada contra, mais sim contra um
sistema de atitudes de ano após ano cometendo os mesmos erros.

 Não se brinca com
pessoas, com animais, com a natureza, isso tudo tem  que ser levado à serio antes que seja tarde
demais. Não é porque meia dúzia de pessoas tem uma opinião que a comunidade de
um local pensa da mesma forma.
Vivemos num arquipélago, o único no Brasil e não estamos
sabendo como explorar esses presentes nos dado pela natureza. Talvez eu esteja
equivocada com algumas coisas, mais gostaria que as pessoas que são
conhecedoras do assunto me explicassem;
Porque fazemos festas trazendo centenas e centenas de
pessoas para um lugar onde não existem serviços fundamentais para um
atendimento ao turista?
Turismo é movimento de pessoas, é um fenômeno social,
econômico e cultural que envolve pessoas.
Tal ramo é de fundamental de importância para o profissionalismo
do setor turístico e necessário para a economia do Brasil, do estado e dos
municípios.
O TURISMO tem uma peculiaridade, pois para se promover,
realizar o TURISMO é necessário o fator “ambiente/paisagem” sem a
qual o Turismo não se realiza.
Diante do fato exposto, é necessário que se realize o
“Turismo Sustentável”, garantindo a preservação do meio ambiente, a
participação da comunidade local e a continuidade (não “eternamente”,
mas com um tempo de aproveitamento indefinido) do recurso natural, minimizando
os impactos gerados no meio ambiente, nas culturas locais, na fauna e na flora,
idealizando uma consciência do usuário do produto turístico.
Nós da GAMBOA DO MORRO, fomos presenteados por uma natureza
invejável, uma natureza que se for destruída jamais voltará a ser a mesma
coisa. E o que damos em troca pela graça que recebemos?
UMA FESTA QUE CHAMARAM DE CARNAVAL.
 Um grupo de pessoas
que pensam em ganhar dinheiro em poucos dias o mesmo valor que levariam meses
para faturar. É o único interesse que há por detrás disso.
O RESTO É TRISTEZA.
Tristeza de ver as portas entupidas de caixas, garrafas de
bebidas, sacos e mais sacos de supermercados de VALENÇA, sim de VALENÇA, pois
as pessoas que visitam nossa comunidade em época de carnaval, a maioria é pessoas
de Valença e de cidades vizinha.
A comunidade de Cairu já contribui com uma boa fatia de
impostos arrecadados pela prefeitura de Valença 
vindas do comercio de Morro de São Paulo, Gamboa, e Boipeba. Essas
localidades dependem e muito quase que 100% de Valença.
É um verdadeiro transtorno quando estamos chegando próximos
à data do carnaval, barcos cheios, com excesso de bagagem, falta de
embarcações.
Existe um desgaste enorme para a prefeitura de Cairu para a
organização destas festas. Um deslocamento de pessoal de apoio. Preparação de
ruas, fiscais, cursos, limpeza publica, transporte de artistas, equipamentos,
refeições, policiais, posto de saúde com equipe especial etc… E tudo isso
para ter como resultado, ZERO em arrecadação de impostos, pois as famílias que
pensam em ganhar dinheiro no carnaval também alugam suas casas com capacidades
para cinco pessoas e aparecem trinta, trazendo como bagagem um monte de
mochilinhas, com todo o supermercado feito para café almoço e jantar, deixando
o comércio às moscas,  sacos e sacos de
carvão com churrasqueiras armadas no meio da rua, lixo por toda parte.
O pior de tudo. Nosso paraíso é desprovido de saneamento
básico, fossas transbordando exalando o mau cheiro servindo de criticas feitas
pelos próprios usuários de um lugar atrasado que promove carnavais e não faz o
saneamento básico. FOI O QUE ESCUTEI
Reclamações e mais reclamações da falta de energia elétrica,
queimando lâmpadas obrigando os usuários a manter os aparelhos fora das tomadas
correndo o risco de queimar, e o que eles não gastaram em suprimentos nos
supermercados, gastaram com a compra de velas.
COMO É QUE UM MORADOR DA GAMBOA se sente ouvindo e vendo
tudo isso?
E OS COMERCIANTES RECLAMANDO DO MOVIMENTO QUE “NÃO FOI
COMO  NOS ANOS ANTERIORES” e o que salvou
foi a venda de velas.
Depois que as bandas encerraram suas atividades, saiu pelas
ruas da Gamboa um quadricículo com um equipamento de som, tocando musicar
antigas de carnaval, aquelas marchinhas de blocos e o povo adoraram.
Gamboa é terra de veraneio. Aqui as famílias alugam suas
casas e as famílias que as ocupam para veranear são pessoas que gostam de paz,
de tranquilidade.
Gamboa é terra que recebe o turista vindo de todos os cantos
do mundo.
Gamboa é terra de pessoas que gostam de trabalhar, e para
que isso aconteça é precisa investimento. E carnaval não gera faturamento.
Existem outras maneiras de se ganhar dinheiro e de se promover um local
turístico. Existem outras prioridades no lugar de festas, que traz
desenvolvimento para uma comunidade e nós precisamos crescer…
Uma cabeça tem poucas ideias, duas, três melhor, e uma
comunidade traz as soluções quando ela é ouvida.

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